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"A actividade física pode não dar mais anos de vida mas dá, com toda a certeza, mais vida aos Anos"


12 fevereiro 2011

Regras e Técnicas de VOLEIBOL


Voleibol é um desporto praticado num campo de 18 m de comprimento e 9 de largura, dividido a meio por uma rede. O objectivo do jogo é fazer passar a bola sobre a rede de modo a que esta toque no chão dentro do campo adversário, ao mesmo tempo que se evita que os adversários consigam fazer o mesmo ou fazer tocar a bola em qualquer lugar, fora do campo, tocada em último lugar pelo adversário.

História

O voleibol foi criado em 9 de fevereiro de 1895 por William George Morgan nos Estados Unidos da América[1]. O objectivo de Morgan, que trabalhava na "Associação Cristã de Moços" (ACM), era criar um desporto de equipa sem contacto físico entre os adversários, de modo a minimizar os riscos de lesões. Inicialmente jogava-se com uma câmara-de-ar da bola de basquetebol e foi chamado Mintonette, mas rapidamente ganhou popularidade com o nome de volleyball. O criador do voleibol faleceu em 27 de dezembro de 1942 aos 72 anos de idade.
Em 1947 foi fundada a Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Dois anos mais tarde foi realizado o primeiro Campeonato Mundial de Voleibol. Na ocasião só houve o evento masculino. Em 1952, o evento foi estendido também ao voleibol feminino. No ano de 1964 o voleibol passou a fazer parte do programa dos Jogos Olímpicos, tendo-se mantido até a actualidade.
Recentemente, o voleibol de praia, uma modalidade derivada do voleibol, tem obtido grande sucesso em diversos países, tendo já a honra de ser desporto olímpico.

Regras

Para se jogar voleibol são necessários 12 jogadores divididos igualmente em duas equipes de seis jogadores cada.
As equipes são divididas por uma rede que fica no meio do campo. O jogo começa com uma das equipas a servir. Logo depois do serviço a bola deve ultrapassar a rede e seguir ao campo do adversário onde os jogadores tentam evitar que a bola entre no seu campo usando qualquer parte do corpo (antes não era válido usar membros da cintura para baixo, mas as regras foram mudadas). O jogador pode rebater a bola para que ela passe para o campo adversário sendo permitidos dar três toques na bola antes que ela passe, sempre alternando os jogadores que dão os toques. Caso a bola caia é ponto da equipa adversária.
O jogador pode encostar na rede (desde que não interfira no andamento do jogo), excepto na borda superior, caso isso ocorra o ponto será para a outra equipa. O mesmo jogador não pode dar 2 ou mais toques seguidos na bola, excepção no caso do toque no Bloco.

O campo

É rectangular, com a dimensão de 18 x 9 metros, com uma rede no meio colocada a uma altura variável, conforme o sexo e a categoria dos jogadores (exemplo dos seniores e juniores: masculino -2,43 m; femininos 2,24 m).
Há uma linha de 3 metros em direcção do campo para a rede, dos dois lados e uma distância de 6 metros até o fim da quadra. Fazendo uma quadra de extensão de 18 metros de ponta a ponta e 9 metros de lado a lado.

A equipa

É constituída por 12 jogadores: -6 jogadores efectivos -6 jogadores suplentes -Até 2 líberos
Campo de Voleibol.
O campo mede 18 metros de comprimento por 9 de largura (18 x 9 metros), e é dividido por uma linha central num dos lados de nove metros que constituem os campos de cada equipa. O objectivo principal é conquistar pontos fazendo a bola tocar no campo do adversário ou sair da área de jogo após ter sido tocada por um oponente.
Acima da linha central, é postada uma rede de material sintético a uma altura de 2,43 m para homens ou 2,24 m para mulheres (no caso de competições jovens as alturas são diferentes). Cada campo é por sua vez dividido em duas áreas de tamanhos diferentes (usualmente denominadas "rede" e "fundo") por uma linha que se localiza, em cada lado, a três metros da rede.
No voleibol, todas as linhas delimitadoras são consideradas parte integrante do campo. Deste modo, uma bola que toca a linha é considerada "dentro" (válida), e não "fora" (inválida). Acima do campo, o espaço aéreo é delimitado no sentido lateral por duas varetas colocadas em cada uma das extremidades da rede. No sentido vertical, os únicos limites são as estruturas físicas do ginásio.
Caso a bola toque numa das varetas ou nas estruturas físicas do ginásio, o ponto vai automaticamente para o oponente do último jogador que a tocou.
A bola utilizada nos jogos de voleibol é composta de couro ou couro sintético e mede aproximadamente 65 cm de perímetro. Ela pesa à volta de 270g e deve ser insuflada com ar comprimido a uma pressão de 0,30 kg/cm².

Estrutura

Ao contrário de muitos desportos, tais como o futebol ou o basquetebol, o voleibol é jogado por pontos, e não por tempo. Cada partida é dividida em sets que terminam quando uma das duas equipes conquista 25 pontos. Deve haver também uma diferença de no mínimo dois pontos em relação ao placar do adversário - caso contrário, a disputa prossegue até que tal diferença seja atingida. O vencedor será aquele que conquistar primeiramente três sets.
Como o jogo termina quando uma equipa completa três sets ganhos, cada partida de voleibol dura no máximo cinco sets. Se isto ocorrer, o último recebe o nome de tie-break e termina quando uma das equipas atinge a marca de 15, e não 25 pontos. Como no caso dos demais, também é necessária uma diferença de dois pontos com relação ao placar do adversário.
Cada equipa é composta por doze jogadores, dos quais seis estão em campo e seis permanecem no banco na qualidade de suplentes. As substituições são limitadas: cada técnico pode realizar no máximo seis por set, e cada jogador só pode ser substituído uma única vez - com excepção do líbero - devendo necessariamente voltar para ocupar a posição daquele que tomou originalmente o seu lugar.
Os seis jogadores de cada equipa são dispostos do seguinte modo. No sentido do comprimento, três estão mais próximos da rede, e três mais próximos do fundo; e, no sentido da largura, dois estão mais próximos da lateral esquerda; dois, do centro do campo; e dois, da lateral direita. Estas posições são identificadas por números: com o observador postado frente à rede, aquela que se localiza no fundo à direita recebe o número 1, e as outras seguem-se em ordem crescente conforme o sentido anti-horário.

No início de cada set, o jogador que ocupa a posição 1 realiza o serviço e, toca a bola com a mão tencionando fazê-la atravessar o espaço aéreo delimitado pelas duas varetas e cair no campo adversário. Os oponentes devem então fazer a bola retornar tocando-a no máximo três vezes, e evitando que o mesmo jogador toque-a por duas vezes consecutivas.

O primeiro contacto com a bola após o serviço é denominado recepção ou passe, e o seu objectivo primordial é evitar que ela atinja uma área válida do campo. Segue-se então usualmente o levantamento, que procura colocar a bola no ar de modo a permitir que um terceiro jogador realize o ataque, ou seja, acerte-a de forma a fazê-la cair no campo adversário, conquistando deste modo o ponto.
No momento em que a equipa adversária vai atacar, os jogadores que ocupam as posições 2, 3 e 4 (no momento são atacantes) podem saltar e estender os braços, numa tentativa de impedir ou dificultar a passagem da bola por sobre a rede. Este movimento é denominado bloco, e não é permitido para os outros três atletas que compõem o restante da equipa e que são, no momento, defesas.
Em termos técnicos, os jogadores que ocupam as posições 1, 6 e 5 só podem acertar a bola acima da altura da rede em direcção ao campo adversário se estiverem na zona de defesa, que vai da linha dos 3 metros ao fundo do campo. Por esta razão, não só o bloco torna-se impossível, como restrições adicionais se aplicam ao ataque. Para atacar do fundo, o atleta deve saltar sem tocar com os pés na linha de três metros ou na área por ela delimitada; o contacto posterior com a bola, contudo, pode ocorrer no espaço aéreo frontal.
Após o ataque adversário, a equipa procura interceptar a trajectória da bola com os braços ou com outras partes do corpo para evitar que ela caia no seu campo. Se obtém sucesso, diz-se que foi feita uma defesa, e seguem-se novo levantamento e ataque. O jogo continua até que uma das equipes cometa um erro ou consiga fazer a bola tocar o campo do lado oponente.
Se a equipa que conquistou o ponto não foi o mesmo que havia servido, os jogadores devem rodar no sentido dos ponteiros de relógio, passando a ocupar a próxima posição de número inferior à sua no campo (ou seja, a posição 3, no caso do atleta que ocupava a posição 4, a 2 no caso do jogador que ocupava a posição 3, etc.). Este movimento é denominado rotação.

Libero

O libero é um atleta especializado nos fundamentos que são realizados com mais frequência no fundo do campo, isto é, recepção e defesa. Esta função foi introduzida pela FIVB em 1998, com o propósito de permitir disputas mais longas de pontos e tornar o jogo deste modo mais atraente para o público. Um conjunto específico de regras se aplica exclusivamente a este jogador.
O libero deve utilizar camisola de cor diferente dos demais, não pode ser capitão da equipa, nem atacar, bloquear ou servir. Quando a bola não está em jogo, ele pode trocar de lugar com qualquer outro jogador sem notificação prévia aos árbitros, e suas substituições não contam para o limite que é concedido por set a cada técnico.
Por fim, o libero só pode tocar a bola no fundo do campo. Caso pise a linha de três metros ou a área por ela delimitada, deverá exercitar somente levantamentos de manchete, pois se o fizer de toque por cima (pontas dos dedos) o ataque deverá ser executado com a bola abaixo do bordo superior da rede.

Pontos

Existem basicamente duas formas de marcar pontos no voleibol. A primeira consiste em fazer a bola tocar no campo do adversário como resultado de um ataque, de um bloco bem sucedido ou, mais raramente, de um serviço que não foi correctamente recebido. A segunda ocorre quando a equipa adversária comete um erro ou uma falta.
Diversas situações são consideradas erros:
  • A bola toca em qualquer lugar excepto em um dos doze atletas que estão em campo, ou no campo válido de jogo ("bola fora").
  • O jogador toca consecutivamente duas vezes na bola ("dois toques").
  • O jogador empurra a bola, ao invés de acertá-la. Este movimento é denominado "carregar ou condução".
  • A bola é tocada mais de três vezes antes de retornar para o campo adversário.
  • A bola toca a antena, ou passa sobre ou por fora da antena em direcção ao campo adversário.
  • O jogador toca na borda superior da rede.
  • Um jogador que está no fundo do campo realiza um bloqueio.
  • Um jogador que está no fundo do campo pisa na linha de três metros ou na área frontal antes de fazer contacto com a bola acima do bordo superior da rede ("invasão do fundo").
  • Postado dentro da zona de ataque ou tocando a linha de três metros, o libero realiza um levantamento de toque que é posteriormente atacado acima da altura da rede.
  • O jogador bloqueia o serviço adversário.
  • O jogador está fora de posição no momento do serviço.
  • O jogador serve quando não está na posição 1.
  • O jogador toca a bola no espaço aéreo acima do campo adversário em uma situação que não se configura como um bloqueio ("invasão por cima").
  • O jogador toca o campo adversário por baixo da rede com qualquer parte do corpo excepto as mãos ou os pés ("invasão por baixo").
  • O jogador leva mais de oito segundos para servir
  • No momento do serviço, os jogadores que estão na rede pulam e/ou erguem os braços, com o intuito de esconder a trajectória da bola dos adversários. Esta falta é denominada “cortina”
  • Os "dois toques" são permitidos no primeiro contacto da equipa com a bola, desde que ocorram numa "acção simultânea" - a interpretação do que é ou não "simultâneo" fica a cargo do arbitro.
  • A não ser no bloco. O toque da bola no bloco não é contabilizado.
  • A invasão por baixo de mãos e pés é permitida apenas se uma parte dos membros permanecer em contacto com a linha central.

Fundamentos

Serviço
O serviço marca o início de uma disputa de pontos no voleibol. Um jogador coloca-se atrás da linha de fundo do seu campo, estende o braço e acerta a bola, de forma a fazê-la atravessar o espaço aéreo acima da rede delimitado pelas varetas e toca no campo adversário. O seu principal objectivo consiste em dificultar a recepção de seu oponente controlando a aceleração e a trajectória da bola.
Existe a denominada área de serviço, que é constituída por duas pequenas linhas nas laterais do campo, o jogador não pode servir de fora desse limite.
Um serviço em que a bola cai directamente no campo contrário sem ser tocada pelo adversário - é denominado em voleibol "ace", assim como em outros desportos tais como o ténis.
No voleibol contemporâneo, foram desenvolvidos muitos tipos diferentes de serviço. Com os mais utilizados a serem o tipo ténis, com ou sem salto e com ou sem balanço. A nível escolar usa-se muito o sérvio por baixo.

Passe

Também chamado recepção, o passe é o primeiro contacto com a bola por parte da equipa que não está a servir e consiste, em última análise, em tentativa de evitar que a bola toque no seu campo, o que permitiria que o adversário marcasse um ponto. Além disso, o principal objectivo deste fundamento é controlar a bola de forma a fazê-la chegar rapidamente e em boas condições nas mãos do levantador, para que este seja capaz de preparar uma jogada ofensiva.

O fundamento passe envolve basicamente duas técnicas específicas: a "manchete", em que o jogador empurra a bola com a parte interna dos braços esticados, usualmente com as pernas flexionadas e abaixo da linha da cintura; e o "toque", em que a bola é manipulada com as pontas dos dedos acima da cabeça.
Quando, por uma falha de passe, a bola não permanece na quadra do jogador que está na recepção, mas atravessa por cima da rede em direcção ao campo da equipe adversária, diz-se que esta pessoa recebeu uma "bola de graça".

Manchete

É uma técnica de recepção realizada com as mãos unidas e os braços um pouco separados e estendidos, o movimento da manchete tem início nas pernas e é realizado de baixo para cima numa posição mais ou menos cómoda, é importante que a perna seja flexionada na hora do movimento, garantindo maior precisão e comodidade no movimento. Ela é usada em bolas que vem em baixa altura, e que não tem hipótese de ser devolvida com o toque.
É considerada um dos fundamentos da defesa, sendo o tipo de defesa do serviço e de cortadas mais usadas no jogo de voleibol. É uma das técnicas essenciais para o libero mas também é empregue por alguns passadores para uma melhor colocação da bola para o atacante.

Levantamento

O levantamento é normalmente o segundo toque de uma equipa com a bola. Seu principal objectivo consiste em posicioná-la de forma a permitir uma acção ofensiva por parte da equipe, ou seja, um ataque.
A exemplo do passe, pode-se distinguir o levantamento pela forma como o jogador executa o movimento, ou seja, como "levantamento de toque" e "levantamento de manchete". Como o primeiro usualmente permite um controle maior, o segundo só é utilizado quando o passe está tão baixo que não permite manipular a bola com as pontas dos dedos, ou no voleibol de praia, em que as regras são mais restritas no que diz respeito à infracção de "carregar".
Também costuma-se utilizar o termo "levantamento de costas", em referência à situação em que a bola é lançada na direcção oposta àquela para a qual o levantador está olhando.
Quando o jogador não levanta a bola para ser atacada por um de seus companheiros de equipe, mas decide lançá-la directamente em direcção à quadra adversária numa tentativa de conquistar o ponto rapidamente, diz-se que esta é uma "bola de segunda".

Ataque

O ataque é, em geral, o terceiro contacto de uma equipa com a bola. O objectivo deste fundamento é fazer a bola tocar no campo adversário, conquistando deste modo o ponto em disputa. Para realizar o ataque, o jogador dá uma série de passos contados ("passada"), salta e então projecta seu corpo para a frente, transferindo deste modo seu peso para a bola no momento do contacto.
O voleibol contemporâneo envolve diversas técnicas individuais de ataque, consoante o nível de desempenho dos seus utilizadores.

Bloco

O bloco refere-se às acções executadas pelos jogadores que ocupam a parte frontal do campo, a que está mais próximo da rede (posições 2-3-4) e que têm por objectivo impedir ou dificultar o ataque da equipe adversária. Elas consistem, em geral, em estender os braços acima do nível da rede com o propósito de interceptar a trajectória ou diminuir a velocidade de uma bola que foi cortada pelo oponente.
Denomina-se "bloqueio ofensivo" à situação em que os jogadores têm por objectivo interceptar completamente o ataque, fazendo a bola permanecer no campo adversário. Para isto, é necessário saltar, estender os braços para dentro do espaço aéreo acima do campo adversário e manter as mãos viradas em torno de 45-60° em direcção ao punho.
Um bloco é chamado, entretanto, "defensivo" se tem por objectivo apenas tocar a bola e deste modo diminuir a sua velocidade, de modo a que ela possa ser melhor defendida pelos jogadores que se situam no fundo da quadra. Para a execução do bloqueio defensivo, o jogador reduz o ângulo de penetração dos braços na quadra adversária, e procura manter as palmas das mãos voltadas em direcção à sua própria quadra.
O bloco também é classificado, de acordo com o número de jogadores envolvidos, em "simples", "duplo" e "triplo".

Defesa

A defesa consiste em um conjunto de técnicas que têm por objectivo evitar que a bola toque o campo após o ataque adversário. Além da manchete e do toque, já discutidos nas secções relacionadas ao passe e ao levantamento, algumas das acções específicas que se aplicam a este fundamento são:

Referências

  1. FIVB: The Volleyball Story - http://www.fivb.org/TheGame/Volleyball_Story.htm

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