Barcelos a Correr



"A actividade física pode não dar mais anos de vida mas dá, com toda a certeza, mais vida aos Anos"


18 dezembro 2011

Peso Pesado, deturpação ou realidade?


A mediatização da atividade física intensa que é protagonizada pelo concurso da TV, Peso Pesado, tem o condão de arrastar as pessoas para os ginásios ou locais de atividade física. A imagem que é dada, de perca de 3, 4 e 5 quilos por semana induz as pessoas em erro, caso não se faça uma explicação correta de todo o contexto. As pessoas que participam nestes programas não fazem exercício o dia todo, como pode transparecer pelos poucos minutos que passam na TV. Têm uma alimentação cuidada e acompanhamento médico constante. As atividades físicas são ajustadas ao perfil da pessoa, ao seu metabolismo e às carateristicas anatomofisiológicas das mesmas. É importante saberem que a atividade física pode, em algumas situações, aumentar o peso da pessoa, devido ao aumento da massa muscular em detrimento da massa gorda, pois aquela pesa mais que esta. Contudo, deste programa seria bom que apenas ficassem bons hábitos (alimentares e de atividade física) e acima de tudo ficasse bem vincada a necessidade real e constante da alteração de vida de muitos portugueses.
Deste programa, retirada muita coisa supérflua e até enganosa, que fique aquilo que é de bom, ou seja, os bons hábitos de vida, principalmente a necessidade de prática de exercício físico regular e supervisionado

08 dezembro 2011

Passagem estreita e "atulhada"


Sempre ouvi, ao longo da minha vida, que através do exemplo se conseguia bons resultados em termos educacionais. São muitas as inferências que se podem tirar desta norma. Os pais são, em regra, linha mestra nas orientações de vida seguida pelos filhos. O professor é, muitas vezes, linha orientadora para muitos dos jovens alunos. O desportista é seguido nos seus gestos, atitudes e orientações pelos seus fãs. Claro que nem sempre funciona desta forma. Mas o exemplo não é nem deve ser para ser seguido de forma rígida. Pode e deve ser para ajudar a orientar uma determinada filosofia de vida. Desde novo ouvia os meus avós que se uma tenra árvore não fosse escorada, o tempo encarregar-se-ia de a levar e nunca daria os frutos que dela esperariam. Como professor da Escola Secundária de Barcelos, causa-me alguma perplexidade ver a entrada principal da escola (é a que existe) atulhada de jovens que em magotes, tentam num ápice fumar um ou mais cigarros no tempo que lhes resta antes da aula seguinte. Até aqui tudo bem, o problema é que, juntamente a esses grupos há, não raras vezes, grupos de professores e funcionários, também eles, ansiosos de terminarem o seu cigarro. Penso que foi a dez anos que se instituiu a regra de não fumar dentro do recinto escolar. As coisas até pareciam estar a dar os seus frutos mas, pelo que tenho observado, estes últimos dois anos aumentaram o número de fumadores entre os alunos o que faz repensar todas as estratégias de combate ao tabagismo.
Como entrada principal de uma escola, a imagem que damos a todos os que nos visitam e o exemplo que fica da e para a comunidade é deveras preocupante. Já é estreita, escura, íngreme e, agora, atulhada de fumo.