Barcelos a Correr



"A actividade física pode não dar mais anos de vida mas dá, com toda a certeza, mais vida aos Anos"


26 junho 2011

Corrida de S. João 2011

Depois de um interregno de cerca de quatro meses, eis que voltei a participar numa corrida. Desta vez foi a corrida de S. João, do dia 26 de Junho, na cidade do Porto. O grupo da Ferreirolux teve um número de registo, com 15 inscritos e 14 a participar na prova. O tempo estava quente mas á media que a corrida decorria a temperatura foi baixando ou pelo menos não subindo e ao terminar o sol estava já algo encoberto com uma ligeira neblina que favoreceu os corredores. Como se sabe o percurso é maravilhoso, sempre junto ao rio e a ligeira alteração ao percurso efectuada este ano, com menos paralelo, favoreceu toda a gente. A minha corrida correu da forma que eu esperava, sem sobressaltos, no ritmo por mim escolhido, sem me entusiasmar com os que me passavam e a possibilidade de andar mais depressa, à medida que os quilómetros passavam e as pernas correspondiam. Aos 5 Km estava com 24’38’’, aos 10Km, estava com 47’24’’ terminando os 15 Km com 1h11’42’’. Sem ser uma grande marca, não senti dificuldades, apenas o último quilómetro foi mais difícil, talvez por tentar andar mais rápido um pouco, mas nada de grande desgaste. É engraçado que durante a semana dizia aos meus parceiros de treino que já ficaria satisfeito com uma marca a rondar a 1h11’ ou 1h12’. Não restam dúvidas que os treinos efectuados e os ritmos que mantemos durante esses mesmos treinos dão-nos, com alguma certeza, o tempo próximo numa prova, e desta vez, como noutras, não falhou.

22 junho 2011

Desporto informal versus Saúde

Hoje, é cada vez mais comum o apelo á actividade física como solução para as maleitas dos nossos dias. Já é frequente ouvirmos o médico de família a sugerir actividade física aos seus doentes como forma de melhoria do bem-estar geral e como prevenção a muitas e diversas doenças. Por este motivo e por maior consciência das pessoas em geral, estão disseminadas por todo o país, as mais diversificadas actividades físicas organizadas, supervisionadas e sugeridas por diferentes classes profissionais, sendo elas da área da saúde e do desporto ou não. Cada vez mais e em maior número, as caminhadas organizadas com fins solidários, corridas pedestres de cariz popular com o apoio de uma ou outra marca que nada tem a ver com desporto ou saúde e corridas de bicicleta cuja preocupação primeira é o de ter o maior número de participantes, pois interessa ao patrocinador maior pelo potencial de vendas que poderá aí obter. Diga-se de passagem que aquele que devia ser o objectivo primeiro, a saúde e o bem-estar, é muitas vezes esquecido, tal a ânsia de obter números que satisfaçam os principais patrocinadores. Mas como o efeito é benéfico, venham lá esses eventos. Eu, que faço corrida contínua com regularidade e participo em algumas corridas populares com o cariz acima descrito, presencio que, por norma, nunca esses atletas de circunstância são questionados sobre a sua saúde. Será que todos já fizeram um exame médico que lhes permita tal ousadia? Isto leva-me a recuar umas décadas, quando numa Maratona de Nova Iorque, um jornalista entrevistou o principal organizador sobre “…se todos os atletas tinham controlo médico?”, ao que ele respondeu com um lacónico, “Não! …e se no meio de 50.000, morrer um atleta, o saldo é bem positivo”. Mas voltando ao princípio, a saúde pela actividade física, será que o preço a pagar por essa mesma saúde é o do vale tudo? Será que a crise em que Portugal está atolado fez esquecer e ultrapassar todos os princípios e valores? Se calhar, daqui a alguns anos teremos a resposta.

18 junho 2011

Férias escolares. felicidade e/ou problema?

Com o fim das actividades lectivas dá-se inicio a um período de normal preocupação dos pais em saber como ocupar o tempo livre dos seus filhos. Hoje, ao contrário de anos atrás, as formas e locais de ocupação dos tempos livres são diversificados e de vária ordem. Na minha opinião, deve-se dar preferências às actividades para as quais os jovens estão mais motivados mas, por outro lado, é sempre bom, desde que possível, proporcionar experiências novas e fazer descobrir e até despoletar novos interesses nos jovens. São inúmeros os clubes, as associações de pais, autarquias e até associações particulares a promoveram pacotes de actividades de férias, que podem ir do período de uma semana até um mês ou mais. Claro que, na sua maioria, estes pacotes de férias têm custos, mas julgo ser possível encontrar aquele que vai ao encontro das possibilidades de cada um, assim como, do interesse do próprio jovem. Este tipo de problema é comum às famílias das cidades e grandes centros urbanos. Menos usual nas cidades e aldeias da nossa província onde, tal como aconteceu comigo e muitos outros da minha geração, este período era um período de grandes descobertas feitas em grupo e quase total liberdade, sempre com um pequeno olhar, na maioria das vezes bem longínquo, dos avós, mas sem as preocupações com os perigos que hoje assolam a nossa sociedade. Tempos de grande felicidade a nossa!  Mesmo em tempo de crise e forte recuo nos gastos das famílias é sempre possível, até sem gastos adicionais, ocupar de forma salutar e educativa os nossos jovens. Importante será não favorecer a permanência excessiva diante do computador e/ou da televisão, de resto …sejamos criativos.

10 junho 2011

O Treino longo e... as dificuldades!


Sem ter dado inicio ao plano de treino da Maratona, começo já, e aos poucos, a preparar-me, tanto física como psicologicamente, para esse período, que penso ser de grande sacrifício. Ontem, 9 de Junho, fiz um treino de 2h:15, num terreno bastante diversificado e longe de ser aquele que irei encontrar na Maratona. Fui de Barcelos a Esposende, sempre junto ao rio Cávado. Eu e o Faria, começamos às 17:35, em Mariz, com uma temperatura amena o que facilitou de certa forma a aventura. Encontrei percursos em terra batida, bastantes desníveis, piso irregular de gravilha solta, alcatrão, calçada antiga e irregular e muito piso em pinhal com bastante matéria solta o que dificulta a estabilização do ritmo. Como vêm um percurso nada fácil mas interessante em termos de treino. Claro que o ritmo foi baixo, como baixo será o da Maratona, mas devo dizer que cheguei ao fim com algumas dores nas pernas e princípios de cãibras nos músculos posteriores da coxa. Terminamos o treino onde iniciamos, em Mariz. Fizemos alguns alongamentos e um retorno à calma antes de entrar no carro. Este treino ensinou-me uma coisa é que não é fácil andar tanto tempo sem algum abastecimento, tanto liquido como sólido. As dores musculares finais e quebra, deve-se a alguma desidratação e quebra energética. Eu ainda levei uma pequena garrafa com água que chegou até Esposende, mas de volta já nada havia e as dificuldades aumentavam. Vamos ver se numa próxima as coisas se compõem com mais água e algum alimento energético, como gel ou outro.

03 junho 2011

Objectivo, ...primeira Maratona!


Desde que comecei a fazer corrida contínua e mais propriamente meias maratonas (já lá vão alguns anos), tive sempre em mente, embora de forma ténue, fazer uma Maratona. Nos últimos meses tenho andado a amadurecer essa ideia. É uma decisão difícil, não seja ela a de decidir participar na prova rainha do atletismo olímpico. Quando se tem 50 anos, se faz corrida com prazer e temos um vasto rol de participações em meias maratonas, julgo ser legítimo este mesmo desejo. Claro que, por vezes, esbarra na barreira psicológica e até física que uma prova como esta encerra. Nada fácil. Se somarmos a tudo isto um historial de algumas lesões musculares, a última das quais me obrigou a parar dois meses (Fevereiro e Março), torna esta decisão ainda mais difícil e condicionada. Contudo, estou a mentalizar-me para, em princípio, participar na Maratona do Porto, em 6 de Novembro de 2011. Sempre tive a minha vida bem definida e com objectivos, desde muito cedo. Este, o de fazer uma maratona, é recente. Até lá vamos ver como as coisas vão correndo. Tenho já idealizado um plano de treino que poderá ser ou não concretizado, servindo apenas de linha orientadora. Nada de rigidez, a vontade e o corpo é que ditarão as necessidades. Claro que estão lá treinos volumosos em quilómetros, mas sem grande intensidade. Nunca fui, nem sou atleta de sofrimento, não será agora que irei introduzir grande intensidade aos treinos. Volume, carga natural do mesmo volume e de permeio algum descanso. Vamos ver como as coisas vão correndo. Esse mesmo plano deverá ter início na semana a seguir à corrida de S. João, no Porto, em 26 de Junho. Penso em fazer ainda as Meias Maratonas da Sportzone e de Ovar, que se inserem no mesmo plano de treino. Até lá vamos ver como as coisas correm. Apoio não falta. Todos os companheiros de corrida da Ferreirolux, mostram-se motivados, uns em participar outros em apoiar. Uma coisa é certa, no ano passado três Ferreirolux terminaram a prova. Este ano, poderei estar enganado mas, com o decorrer do tempo, muitos mais se vão mostrar interessados em participar. Bem gostaria de ver a maioria do grupo fazer a Maratona deste ano.
Que os Deuses estejam do nosso lado. Logo se verá.