Barcelos a Correr



"A actividade física pode não dar mais anos de vida mas dá, com toda a certeza, mais vida aos Anos"


07 fevereiro 2011

Ginástica de Solo e Saltos de Mini-Trampolim

Ginástica de Solo
Em competições oficiais os exercícios de solo realizam-se num espaço quadrangular (12x12 metros), com uma superfície flexível. A prova masculina deve ser executada no tempo máximo de 70 segundos, e a feminina deve ter acompanhamento musical e ser executada em 90 segundos.
Na disciplina de Educação Física, a Ginástica de Solo tem normalmente como objectivo a execução de um conjunto de exercícios, de uma forma isolada ou em pequenas sequências, consoante o nível de dificuldade exigido, que envolvem elementos gímnicos e elementos acrobáticos (ver Fig. 1). O local normalmente utilizado para a execução dos exercícios são os colchões ou tapetes de ginástica.

Para executar os elementos de ginástica é importante conhecer os aspectos importantes para a sua correcta execução, ou seja, as determinantes técnicas de cada elemento gímnico e acrobático.
Descrição dos elementos gímnicos de solo:
Rolamentos

Rolamento à frente
*Membros Inferiores (MI) flectidos (posição de cócoras);
*Membros Superiores (MS) em extensão com as mãos no solo à largura dos ombros;
*Colocar dedos afastados e dirigidos para frente;
*Flectir a cabeça e colocar queixo junto ao peito;
*Impulsionar os MI e desequilibrar corpo para frente;
*Contacto com o solo pela nuca;
*Repulsão dos MS;
*Manter o corpo engrupado durante a rotação;
*Saída com o apoio dos pés próximos das nádegas.

Aspectos técnicos importantes
ü Mãos no solo à largura dos ombros e viradas para a frente
ü Forte impulsão de membros inferiores.
ü Elevação da bacia.
ü Manutenção do corpo bem fechado sobre si próprio durante o enrolamento.
ü Repulsão efectiva das mãos no solo na parte final.
Rolamento à retaguarda
*MI flectidos e MS em extensão à frente (posição de cócoras);
*Colocar as palmas das mãos voltadas para cima e MS flectidos;
*Dedos afastados e voltados para trás e cotovelos paralelos ao nível das orelhas;
*Flectir a cabeça e colocar queixo junto ao peito;
*Desequilibrar corpo à retaguarda;
*Colocar a bacia no solo e manter os joelhos junto ao peito;
*Apoiar as mãos à largura dos ombros e dedos afastados dirigidos para a frente;
*Repulsão dos MS;
*Manter a posição engrupada e colocar os pés no solo;
*Retirar as mãos do solo e estender os MI.

Aspectos técnicos importantes
ü Fechar bem os membros inferiores flectidos sobre o tronco ("joelhos ao peito")
ü Flectir a cabeça para a frente de forma a encostar o queixo ao peito
ü Colocação das mãos no solo à largura dos ombros e viradas para a frente
ü Manutenção do corpo bem fechado sobre si próprio durante o enrolamento
ü Fazer a repulsão das mãos no solo na parte final com vigor, de forma a elevar a cabeça e não bater com ela no solo

Apoio facial invertido de cabeça ou “pino” de cabeça
*Posição de afundo (MI de impulsão flectida à frente e MI de balanço em extensão à retaguarda);
*Apoiar as mãos à largura dos ombros com os dedos bem afastados e voltados para a frente;
*Lançar a MI de balanço para a vertical, seguido da MI de impulsão;
*Colocar a cabeça entre MS em completa extensão e olhar dirigido para mãos;
*Alinhar o corpo na vertical em extensão completa dos MS e inferiores;
*Executar o rolamento à frente – desequilíbrio à frente dos MI, juntar o queixo ao peito, flexão dos MS e apoio da nuca no solo.

Aspectos técnicos importantes
ü Partir da posição de deitado ventralmente
ü Apoiar a testa (cujo ponto de apoio no solo faz um triângulo com os apoios das mãos
ü Começar por subir a bacia (noção de “puxar” as pontas dos pés para o nariz) e só quando esta estiver por cima dos apoios, deixar subir os membros inferiores para a vertical.
ü Empurrar o solo com os membros superiores de forma a levantar a cabeça antes do enrolamento.
ü Tonicidade geral, membros inferiores e pés bem estendidos

Apoio Facial Invertido 
Partir da posição vertical, faz deslocamento com afundo a frente, apoio a mãos à largura dos ombros e com chicotada forte da perna de trás e levando-a. Ao chegar à posição vertical já está a juntar a outra perna as quais devem estar juntas e esticadas. as mãos que estão à largura dos ombros e braços totalmente esticados e no prolongamento do tronco. Após definir posição deve flectir ligeiramente os braços à medida que as pernas e tronco vão caindo para  a frente. A cabeça enrola para a frente e faz rolamento à frente para levantar e ficar na posição vertical.
Posições de equilíbrio
Avião
Elevar um MI à rectaguarda, mantendo o apoio sobre o outro MI;
*Os membros inferiores devem estar em extensão e afastados ;
*Flectir tronco à frente, paralelo ao solo e em extensão;
*Olhar dirigido para a frente.
*MS afastados e em extensão no prolongamento da linha dos ombros;
*Manter a posição durante três segundos.

Aspectos técnicos importantes
ü Membros inferiores em completa extensão (tanto a de apoio. como a elevada)
ü Grande afastamento de membros inferiores
ü Ligeira inclinação do tronco à frente (mas sem flexão; "arredondamento” das costas)
ü Atitude: cabeça levantada, olhar em frente, tonicidade geral elevada.
Posições de flexibilidade
Ponte e Espargata
*Deitado de decúbito dorsal (de costas) apoiar as mãos no solo à largura dos ombros
*Extensão completa dos MS, elevando a bacia;
*MI unidos e em extensão;
*Olhar dirigido para as mãos.

Aspectos técnicos importantes
ü Membros superiores e inferiores em extensão completa
ü Palmas das mãos completamente apoiadas no solo e viradas para a frente
ü Elevação significativa da bacia
ü Empurrar com os pés tentando estender completamente as pernas, e forçar com isso a colocação dos ombros numa linha perpendicular ao apoio das mãos no solo (ou atrás)



Saltos de Mini-Trampolim
História
O trampolim, tal como hoje o conhecemos, terá surgido nos anos 30. O engenheiro norte-americano George Nissen – inspirado pela rede de segurança utilizada há muito por trapezistas em números circenses –, construiu o primeiro protótipo, na sua garagem, ao amarrar um pedaço de tecido a uma estrutura metálica, usando cordas elásticas para o efeito. George Nissen patenteou a sua invenção em 1936.

Enquanto modalidade, o Trampolim surgiu no mesmo ano. Esta nova disciplina foi então introduzida nos programas escolares de educação física, tendo sida utilizada, inclusivamente, em treinos militares durante a Segunda Guerra Mundial! A modalidade, que na altura dava os primeiros passos, contribuía, de forma original e divertida, para o bem-estar físico e mental dos seus praticantes.
Na modalidade, o sucesso dos Estados Unidos foi imediato. Em solo americano, os primeiros campeonatos nacionais foram realizados em 1948. O Trampolim fez a sua estreia nos Jogos Pan-Americanos em 1955, e só mais tarde chegou à Europa, através do suíço Kurt Baechler e do britânico Ted Blake.

O Trampolim é um desporto de elite. Os variados e difíceis saltos e piruetas, que elevam os praticantes a uma altura de oito metros, requerem mestria técnica, um perfeito controlo corporal e movimentos harmoniosos. Na sua essência, o Trampolim é um desporto espectacular que envolve coragem, elegância e audácia.

O mini-trampolim é um derivado da invenção de Nissen, muito praticado nas escolas e que permite o desenvolvimento da resistência cardiorespiratória, que envolve esforço aeróbico e anaeróbio de média e alta intensidade para as acções musculares. A redução da taxa de gordura corporal, o fortalecimento dos braços, pernas, coxas, abdómen e glúteos, o aumento da agilidade, o melhoramento do sistema cardiopulmonar e o rejuvenescimento do seu corpo, com o melhoramento da saúde mental e física são os principais benefícios desta modalidade.
Salto Encarpado;
1 - Chamada energética com pés paralelos (ligeiramente afastados) joelhos em semi flexão no centro do trampolim, ombros ligeiramente recuados em relação ao apoio dos pés;
2 - No ponto mais alto do voo realizar a “espargata” frontal, com os braços estendidos na direcção dos pés;
3 - As costas devem inclinar-se ligeiramente à frente e os M.I. devem subir para o plano horizontal.
4 - Abertura rápida da posição para a recepção (equilibrada a pés juntos com ligeira flexão dos M.I. no momento do contacto dos pés no solo);
5 - Finalização na posição de sentido (rápido elevação ântero-superior dos M.S. e forte extensão dos M.I.).

Salto Engrupado;
1 - Chamada a pés juntos no mini-trampolim com flexão dos membros inferiores;
2 - Extensão dos membros inferiores na saída do mini-trampolim e rápida elevação dos membros superiores;
4 - Abertura rápida (corpo em extensão);
5 - Recepção em equilíbrio, amortecendo a queda com uma semi-flexão dos membros inferiores;
6 - Terminar com membros superiores em elevação superior.

Salto de Vela.

1. Elevar os braços, ajudando a impulsão;
2. Colocar a bacia correctamente;
3. Fazer a extensão total das pernas e do resto do corpo;
4. Manter o olhar dirigido para a frente;
5. Contrair o corpo.

Salto com Pirueta
Após a corrida preparatória,  faz-se a chamada no mini-trampolim. A impulsionar é feita com os dois pés paralelos e as pernas ligeiramente flectidas. Ao sair do aparelho com o corpo estendido e atingido o ponto mais alto do voo, deve-se rodar o corpo com a ajuda dos braços e executar uma volta completa.O contacto com o solo é feito a pés juntos e com ligeira  flexão de pernas.