Barcelos a Correr



"A actividade física pode não dar mais anos de vida mas dá, com toda a certeza, mais vida aos Anos"


01 agosto 2014

Autarquias versus Desporto. O poder do desporto sobre os politicos

Num tempo de parcos recursos, cada cêntimo gasto, carece sempre de alguma justificação. No seio das famílias são muitos e variados os exercícios efetuados para não ultrapassar o limite das possibilidades. Esta devia ser a regra em qualquer setor da sociedade. Uma autarquia, por exemplo, por mais pequena que seja, tem muitas solicitações e gastos, uns previstos outros nem tanto. Ao nível do apoio às associações e clubes desportivos são inúmeros os exemplos de gastos avultados e do conhecimento público e outros menos conhecidos ou declarados. Em Barcelos, são variadíssimos os clubes e associações que usufruem desses apoios, mas alguns beneficiam muito mais que outros. Nalguns casos de forma quase dupla sem serem revelados. Vejamos alguns exemplos. O Gil Vicente F.C., o Òquei de Barcelos, o Basquete Clube de Barcelos, o Santa Maria ou os Amigos da Montanha, para dizer apenas os mais relevantes, recebem subsídios ditos de apoio, com valores de acordo com a sua grandeza e importância, até aqui tudo bem. O problema é que, além dessas verbas, existem muitas outras despesas assumidas pela autarquia e que são benefícios exclusivos dos mesmos clubes. O Estádio Cidade de Barcelos, o Pavilhão Municipal e o Estádio Adelino Ribeiro Novo são estruturas pagas e mantidas pelo município e de uso exclusivo dos clubes que os utilizam. Além da manutenção dos mesmos, a água, luz, gás, funcionários e outras despesas são, tudo somado, uma enorme fatia que nenhum executivo camarário revelou e que provêm dos nossos impostos. Na minha opinião, a bem da transparência e clareza das contas públicas, tudo devia ser revelado. Na maioria dos casos os clubes recebem esse apoio da autarquia que se destina às secções de formação e, por sua vez, as crianças, para poderem praticar a sua modalidade preferida, voltam a pagar ao clube. Ou seja, os clubes recebem da autarquia, dos jovens e voltam a receber da autarquia para financiar as instalações desportivas. Difícil de entender!

20 julho 2014

Hóquei em Patins e a sua mais longa agonia

Aquela que um dia sonhou ser modalidade olímpica parece estar pelas horas da amargura. Claro que a crise econômica que varre toda a Europa é, por certo, uma das grandes culpadas mas não só. O crescimento exponencial que tiveram outras modalidades/atividades desportivas e não, poderão também, ter empurrado para um patamar de menor interesse e adesão dos mais novos. Vejamos o futsal, o ciclismo e as modalidades ditas de desporto aventura como o trail ou o btt, com cada vez maior número de adeptos e praticantes fazem, também, com que a comunicação social se associe cada vez mais a estas em detrimento de outras, como o caso do Hóquei em Patins. Por outro lado o facto de ser pouco ou nada televisionada tem afastado algum interesse outrora existente. Podemos assistir no último Campeonato Europeu da modalidade a uma situação deveras insólita, quase metade das equipas que inicialmente estava inscrita, desistiram de participar no mesmo. Apesar de tudo parece faltar algum planeamento credível que faça com que os diferentes interessados na modalidade repensem a mesma. Vejamos só um pequeno exemplo, sempre que se assiste a um jogo de Hóquei em Patins pela TV, dificilmente se vê a bola a circular e muito menos a entrar na baliza, como tal… Porventura carece de alterações profundas ao nível das regras e na sua própria organização, caso contrário iremos assistir nos próximos anos à agonia de uma modalidade que tanto apaixonou os portugueses, mas que agora e aos poucos, esses mesmos começam a voltar-lhe as costas.