As apostas descontinuadas na saúde física e psiquica

A dias, ao conversar com um amigo, este levantou-me diversas questões sobre as poucas atividades promovidas pela Câmara de Barcelos, comparativamente com o ano de 2013. Ao ler, também, uma notícia que a câmara do porto, terá baixado em muito os gastos deste ano relativamente aos do ano passado, leva-me a deduzir, com algum grau de certeza, que em ano de eleições, as câmaras dão tudo e mais alguma coisa só com o intuito de vencer. Lembro-me que durante o último ano, tudo o que era evento promovido pela Câmara de Barcelos tinha de oferta t/shirts e/ou bonés alusivos, repararam-se caminhos, espaços pedonais, alguns deles a escassos dias de eleições. A memória das pessoas é sempre muito curta, mas convém não abusar pois qualquer dia essas mesmas pessoas, as que votaram, num laivo de clarividência, poderão votar ao contrário. Neste momento existe muita coisa que devia ser olhada e que até deu votos, estou a lembrar-me, por exemplo, do Parque da Cidade (está a cair no desleixo), do Pavilhão Municipal (está num estado deplorável e com pouca higiene), a frente ribeirinha (pouco ou nada atrativa e até desaconselhada), para falar em alguns espaços de prática diária de atividade física. A saúde física e psíquica de uma população é um bem no qual se deve apostar tudo e nunca de forma pontual ou sazonal, sob pena de, quando o quisermos fazer, já ser tarde.

I Meia Maratona Barcelos...foi um exito!

Depois da ansiedade chegou a acalmia e o sentimento de dever cumprido. Foram muitos dias de trabalho mas os resultados falam por si. Valeu a pena. Aquela que foi a I Meia Maratona de Barcelos teve, por parte dos participantes, dos que deram cobertura jornalística e dos que estiveram a assistir, resultados bem positivos e que só nos enche de alegria. Ao mesmo tempo traz-nos enormes responsabilidades para a próxima edição, pois teremos que fazer igual ou melhor. O tempo, apesar de chuvoso, não afastou os participantes das duas corridas (10 Km e 21 Km) o que poderá não ter acontecido da mesma forma com a caminhada. Contudo, 2000 participantes são um número bastante agradável que nos enche de força para próximos eventos. O nível dos participantes era do melhor que existe em Portugal e a dedicação de todos os outros que correm por prazer da corrida deram um novo colorido à cidade de Barcelos que parou durante três horas para ver os atletas e muitos deles de Barcelos. Relativamente a este aspeto é realmente de realçar o número de atletas barcelenses que aderiu ao evento. Nunca pensei que seria possível ver numa só corrida tantos atletas de Barcelos. Penso que a iniciativa que arrancou em Outubro último “Todos a correr em Barcelos”, teve aqui o seu culminar com esta resposta fabulosa dada por todos aqueles que, de uma ou outra forma, fazem da corrida uma forma de se sentiram mais ativos. O meu obrigado a todos os barcelenses, aos Amigos da Montanha e aos que de uma forma mais direta tiveram a responsabilidade de organizar esta prova.

O Triste Desempenho da TV em Portugal

E como a crise, as dificuldades do dia-a-dia e o desespero fazem com as pessoas se agarrem à primeira tábua de salvação. Para fazer face às constantes reduções no rendimento mensal disponível, às receitas das pessoas e empresas, surgem cada vez mais alternativas e formulas milagrosas, vindas sabe-se lá de onde, algumas delas de origem duvidosa. O problema é que agora as coisas vêm de onde menos esperávamos, dos meios mais credíveis e socialmente mais nobres, focalizados nos mais frágeis e desprotegidos da sociedade. De á uns dois anos para cá, com um aumento e agressividade mais pura neste últimos meses, vemos tudo o que é programa e concurso televisivos (RTP,SIC e TVI), a toda e qualquer hora do dia, a apelarem aos telespectadores para ligarem, pois irá sair um carro, uma viagem ou, na sua maioria, uns milhares de euros. Não escondem que a chamada custa 60 cêntimos mais IVA mas, como quem está em casa, na sua maioria, são idosos, facilmente caiem no apelo desenfreado e ligam até esgotarem os míseros euros existentes nos telefones. Muitos são os que o fazem todos os dias, nas costas dos familiares e o resultado é sempre o mesmo, uns euros de despesa que vão fazer falta. Era tempo de legislar sobre esta situação e colocar um freio nisto que já começa a cheirar bastante mal. Custa ver apresentadores de televisão que, só porque são bem pagos para o fazer, desempenharem um papel bastante estúpido e disparatado onde até o estado ganha dinheiro com o IVA e, se calhar por isso, ainda não pôs um travão neste nojento desempenho das tv’s, dos seus colaboradores e do próprio estado português.