Numa altura em que o Gil
Vicente, clube, vai de vento em popa, seria normal enaltecer os feitos deste
glorioso e simpático clube, do qual sou sócio a já muitos anos, mas não, o que
me leva a escrever duas linhas são os caminhos traçados e que orientam a
formação deste clube. Não são os resultados que me norteiam mas sim as más
opções repetidas vezes sem conta ao longo dos anos. Não é com alterações,
muitas vezes à pressa, de treinadores (alguns de origem duvidosa), de
dirigentes e colaboradores vários que se pode cimentar um projeto de formação (que
duvido que exista). Por vezes o treinador, com o devido respeito que tenho por
todos os que lá trabalham e trabalharam, é a peça menos importante de um
projeto de formação. O importante, isso sim, é a linha que orienta essa
formação, a transversalidade, no seio do clube, desse projeto. Seria importante
haver alguma coerência, dar tempo para que um projeto amadureça e reunir numa
mesma equipa várias valências que vão desde o homem do futebol ao psicólogo,
passando por muitas mais áreas ligadas à juventude. Neste momento pouco ou nada
disto está a ser feito. Só se pensa na vitória e em chegar à equipa sénior,
tanto o jovem jogador (ou o pai) como o dirigente que vê na formação um
trampolim para chegar aos seniores.
Tudo errado e o resultado disto
está bem patente nos resultados globais desta dita formação que o Gil Vicente
F C vem apresentando ao longo dos anos.